Queridas mulheres deste lindo círculo,
Creio que o assunto da semana - o homem do sofá - tenha mexido com algumas mulheres. Umas mais outras menos.
Achei maravilhosas as reflexões e contribuições de todas e creio que possamos finalizar este diálogo rico, ao vivo no próximo círculo. Pois quando estamos juntas, olho no olho com o fogo no centro sentimos mais as energias e é menos provável que se gere ruído de comunicação.
Percebi que houveram algumas projeções a respeito deste "homem" e sugiro que quem quiser faça uma meditação. Para perceber aonde este homem toca. Pois o masculino também precisa ser curado.
O masculino também desperta o feminino pois é seu oposto complementar. E o feminino vem mais ainda à tona.
Tudo isto que está ocorrendo é cura, pois foi esta proposta de cada uma quando foi no círculo. É esta chama que alimentamos: cura, luz, amor.
Pra vir a cura é preciso identificar o que precisa ser curado.
comigo não foi diferente, afinal estamos todas dentro deste caldeirão de transformações.
Estou me passando a limpo a cada ritual de cura.
Quanto as mulheres que pediram pra sair, tenho por experiência própria de fazer o círculo há cinco anos, que muitas vão pela primeira vez e não voltam, outras vão e continuam indo sempre. Tem mulher que está indo desde o primeiro círculo em 2004. Outras ainda vão um tempo, se nutrem, depois somem, e aí voltam mais tarde, às vezes não voltam. É como a vida, tem gente que conhecemos que fica na nossa vida pra sempre e outras que passam e nem por isto deixam de ser importantes, cumpriram sua missão com a gente ou nós cumprimos uma missão com ela. Isto é aprender a ter visão, sem julgamentos.
Antes estes processos aconteciam silenciosamente, agora com a lista que abrimos este ano, fica mais evidente, estreitamos mais os laços. E com isto vemos a beleza de cada uma mais fortemente e também as sombras. Ah, as sombras que possamos amá-las tal como amamos nossas luzes. Como já dizia Jung não é olhando pra luz, mas iluminando as sombras que nos iluminamos.
fizemos o ritual de Samhain em abril, mergulhamos nas sombras e a abraçamos, fizemos a cura da água das nossas emoções e agora em junho, segundo a tradição celta, Yule traz o retorno da luz, vivemos a noite mais longa do ano e depois a luz volta a entrar mais fortemente no planeta, é o nascimento da criança divina.
Penso que quem está neste círculo está sintonizada com estas energias dos ciclos do planeta.
E algumas já estão até assumindo funções, por já se sentirem preparadas para tal compromisso.
A frequência, o compromisso, a simplicidade, a disponibilidade de aprender, o amor, a identificação com o círculo, a amizade, a confiança as move para tal tarefa.
Existem muitos círculos de mulheres e cada um é de um jeito. O nosso segue as tradições espirituais nativas tanto do norte quanto do sul e também as do velho continente.
O que nos faça conectar com o planeta, com Gaia, com a grande mãe divina.
Neste caminho aprendemos que somos todas filhas da Terra, da Mãe Terra, por isto somos irmãs.
Neste caminho também aprendemos que devemos respeitar nossos mestres, aqueles que nos ensinaram, e também que o caminho pra sabedoria é o caminho da humildade.
Pois quem não é humilde é porque já aprendeu tudo e não tem mais espaço pra aprender.
Eu quero homenagear aqui as minhas mestras: em primeiro lugar a Ninom que me guiou junto com outras mulheres nos meus primeiros passos num grupo do sagrado feminino no ano 2000. À Rosário que me ensinou tanto em suas fogueiras, à Athamis, querida amiga, mestra e irmã que tanta me ensina a cada dia. À Kelly cujo encontro foi um divisor de águas na minha vida, trazendo a possibilidade da união da Psicologia com o Xamanismo. À Malu Lobo que me introduziu ou re-introduziu no caminho celta. À Kira e Mariana, essas amizades que geram frutos até hoje e que transcendem qualquer julgamento. Á Raquel, que tem muita paciência comigo. Às mulheres Huni Kuin que não me cansam de me ensinar sobre o amor. À Beth ursa, madrinha xamânica gratidão por todo apoio. Às amigas leais e também àquelas que criaram dificuldades e me fizeram tanto crescer, às minhas alunas antigas e atuais, às minhas clientes que fazem eu conhecer mais um pedaço de mim a cada dia.
Às minhas ancestrais, que me fortalecem e me amparam,
Ao meu companheiro, por todo apoio espiritual e amoroso.
e a vocês que com suas falas, atitude, compartilhares ou silêncio fazem acontecer um espaço de cura do feminino, uma nova cultura mais cheia de beleza pra Terra.
beijos e um hauss cheio de amor,
Sílvia Rocha
Ayani makuani do Banu bakê
Raven Star woman, Turtle clan
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
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