sábado, 2 de janeiro de 2010
A Roda do Ano
A Roda do Ano
O ano se inicia em Samhain (lê-se: sou-êin), quando o Deus, Filho e Consorte da Deusa, morre, mergulhando no Sagrado Útero da Mãe;
Então Ele renasce em Yule do Útero da Deusa;
Passa Sua infância em Imbolc, quando é alimentado pelo seio sagrado da Senhora, que agora descansa do parto;
Em Ostara é a Deusa Renascida que surge, trazendo sua força. Ela é a Donzela e ele o Jovem Galhudo;
Em Beltane Ele se une à Deusa Donzela, e da Sua união Tudo surgirá;
Em Litha ele é Pleno em Seu Poder, o implacável Senhor das Florestas, e a Donzela já se tornou a Grande Mãe;
Em Lammas ele começa sua rota ao declínio. Ele é o Deus do Oculto, enquanto a Deusa segue sua trilha para dar à luz novamente o Seu filho, a Criança da Promessa;
Em Mabon ele é o Sábio Deus Verde, e está se preparando para sua passagem, enquanto a Deusa percebe que Seu amado está partindo;
Volta a morrer em Samhain, realizando a grande espiral do renascimento, ou simplesmente a Roda do Ano.
Quatro Sabbats, chamados Maiores por algumas tradições, celebram o auge das estações. São eles: Samhain (Outono), Beltane (Primavera), Imbolc,(Inverno) e Lammas ou Lughnasadh,(Verão). Os demais, chamados por vezes de Sabbats Menores, comemoram os Solstícios e Equinócios: Litha(Verão), Yule(Inverno) e Equinócios: Ostara(Primavera) e Mabon(Outono).
Há uma grande controvérsia entre os praticantes brasileiros sobre qual a forma mais adequada de escolher as datas dos Sabbats. Vários deles defendem que os Sabbats sejam comemorados nas mesmas datas em que isso é feito no Hemisfério Norte (por exemplo, Yule em Dezembro), enquanto outros defendem a comemoração nas datas em que as estações ocorrem no Hemisfério Sul (Yule em Junho). Praticantes australianos, argentinos, porto-riquenhos, e uruguaios comemoram, em sua grande maioria, as datas do Hemisfério Sul.
Alguns chamam a Wicca de Religião da Deusa, porque enxergam na Deusa a totalidade. Outros contestam esta afirmação, crendo que em nenhum momento isso se torna verídico, pois a Deusa, realiza a descida até o Deus no Submundo e apenas então recebe, por intermédio das provações, o conhecimento que precisa para se tornar plena. Assim, a Deusa não está completa sem o Deus, nem para portar o conhecimento, nem para realizar o Grande Rito da criação universal, pois apenas dois complementares podem se unir e criar dessa união o Todo. Há vertentes de Wicca que consideram a Deusa completa em si mesma, e outras que enfatizam a crença e culto na polaridade. Não há posturas certas nem erradas, ambas expressam crenças diversas dentro da mesma religião e cada praticante escolhe a de sua preferência.
Os rituais são realizados no interior de um Círculo Mágico, que é traçado de forma ritualística, após a limpeza e consagração do local, que em geral é realizado em casa ou em pequenos espaços como quartos, salas, quintais etc. Adaptando-se à modernidade quanto aos problemas para ter acesso a um lugar de maior contato com a Natureza, e até à falta de segurança. Preces ao Deus e à Deusa são proferidas, a evocação dos Guardiões dos pontos cardeais é realizada e muitas vezes são feitos feitiços adequados ao rito em condução (o qual é o ponto focal da celebração), e então é realizado o Cone de Poder, que concentra e envia as energias do círculo até o objetivo almejado por todos. Ao final, é tradicional a partilha de pão e vinho em certos rituais e celebrações.
Fonte: net
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