domingo, 4 de outubro de 2009
Afrodite e a Arte de Amar - por Sílvia Rocha
Afrodite e a Arte de Amar - por Sílvia Rocha
A Deusa Afrodite é o arquétipo do relacionamento e da criatividade. Este personagem que habita o inconsciente de cada mulher
dá permissão para compartilhar o amor, o prazer, e também elevar a auto-estima.
Mulheres que querem atrair um amor para suas vidas
podem chamá-la conectando-se com esta força que vem do coração.
Na Mitologia grega, Afrodite nasceu após a derrota de Urano quando Cronos o desbanca cortando seus genitais e jogando-os ao mar. Desta concepção oceânica nasce Afrodite a quem os Romanos chamavam de Vênus. Da espuma do mar, ela chega belíssima e sensual - de todas as Deusas foi a preferida dos artistas, sendo retratada de diferentes formas. Botticelli imortalizou-a com sua pintura “Nascimento de Vênus”. Teve vários amantes no Olimpo sendo Ares o deus da guerra o seu preferido e foi casada com Hefesto. Tinha a liberdade de iniciar e terminar um romance e entregava-se a todos sem reservas.
Afrodite é a Deusa da comunicação e da extroversão, do gozo, da risada, da beleza sensual e da sexualidade. Fica à vontade com sua energia vital e é livre para expressá-la. O desejo que nos motiva a ação, a força que impulsiona a mudança em nossas vidas. É Afrodite que cura qualquer depressão ou prostração, é a alegria e o êxtase da vida.
Santa ou mundana – Após o período de patriarcado este arquétipo ficou muito ferido, desequilibrando a psique das mulheres. A repressão sexual veio para freiar as mulheres e ter o controle sob herdeiros dividindo as mulheres entre as “feitas para casar e dar filhos” e as “feitas para brincar”. Neste momento houve a cisão da sexualidade com o sentimento e colocou a mulher à sombra do homem.
Numa atitude de oposição, a mulher ganhou força e foi às ruas queimar os sutiãs e reinvindicar sua autonomia sexual, financeira e profissional. Conseguiu ganhar um lugar de mais poder na sociedade porém com um custo de negar sua própria feminilidade.
Sexualidade – Se houve uma maior liberdade sexual nem sempre esta foi vivenciada sem culpa ou julgamentos. Parece até que a mulher que se envergonha ainda é mais decente do que aquela que se deleita. Modelos mentais patriarcais que podem ser transformados. Afrodite nos lembra que o ato sexual é sagrado, não como um fim em si mesmo mas como uma forma de uma união profunda com o ser amado. Tão sagrado e vital que faz gerar a vida. Cada companheiro que encontra, Afrodite acredita que é o seu par perfeito. Relacionamentos são muito importantes e ela os vive intensamente com entrega e cada um a seu tempo.
O Retorno de Afrodite. É este arquétipo que as mulheres devem resgatar para melhorarem a Auto-estima.
Entrega X abandono - Era chamada de Deusa alquímica pois se misturava com o parceiro sem perder a identidade. Em cada relacionamento se deixava transformar, numa alquimia de energias - a química do amor. Seu segredo: Amava o que via no espelho: ela mesma. Podia se entregar porque tinha um centro forte e nunca se abandonava pelo outro. O espelho a faz lembrar de si e seu empenho em se cuidar fortalece sua presença.
Portadora dos sonhos – um homem que tem a seu lado uma mulher afrodite, além de uma dedicada amante possui uma aliada de seus sonhos e projetos pois ela acredita e o apóia até seu sonho virar realidade. É ela que aposta em todo seu potencial e o incentiva a concretizá-lo. Afrodite está interessada na qualidade dos relacionamentos mais do que na sua permanência.
Criatividade – Não convencional, a mulher-Afrodite é abundante de poder criativo. Lança-se com paixão em seus relacionamentos e projetos de vida. É apaixonada e impetuosa e não se preocupa de ser aceita pois sua auto-aprovação vem de uma auto-estima forte. Pode incomodar aqueles que precisam de regras sistemáticas para estar num “mundo seguro”. Entra em êxtase com a novidade. Se uma mulher casada quer apimentar a relação deve chamar Afrodite para ajudar sua Deusa Hera (Deusa do casamento e da estabilidade) bem como dar um colorido novo à sua existência.
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Oi Sĩlvia. Que lindo esse espaço virtual. Vou lendo devagarinho...Um bjo!
ResponderExcluirOlá Silvia, muito bom o texto. Gostei, pela 1 a vez vi Afrodite ser colocada de uma maneira mais equilibrada e imparcial, sem julgamentos. Parabéns!
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